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Olá.... passamos todo o conteúdo do blog COTINFO para o blog somos oque somos fortalecendo mais, e juntando todos em 1...

Obrigado você que acompanhou o COTINFO... Mas não acabou não, os mesmos posts serão incrementados no BLOG somosOQsomos.

Somos todos um...


"Fiu Fiu, Fiu Fiu" pesquisa aponta que a assobio igual ao do funck, irrita a maioria das mulheres.


Pesquisa on-line coloca em evidência irritação da ala feminina com o que os machos veem como um esporte nacional.

Não só a velha cantada do assobio mas, pelo que diz a o resultado da pesquisa, parece que a maioria das mulheres não se agradam com cantadas com aspecto de abordagem, como mostra a seguir na matéria publicada no portal globo rio, por 
Barbara Marcolini e Luiza Barro. 

"...Característica dos brasileiros, como o samba ou o futebol, cantadas como essa muitas vezes causam estresse e aborrecimentos, no lugar de satisfação ou alegria. Na verdade, quase sempre. Segundo a pesquisa nacional on-line “Chega de fiu fiu”, a maioria das mulheres não aprova a abordagem. Entre as 7.762 mulheres que responderam ao questionário, 83% não gostam de ouvir cantadas. Ainda segundo a amostragem, 81% das mulheres já deixaram de passar por algum lugar por medo de serem abordadas, e 90% já trocaram de roupa antes de sair de casa para evitar alguma provocação.
As precauções revelam-se incipientes, diante da paixão com que os marmanjos se entregam ao esporte nacional da cantada. Eles, aliás, costumam se esconder atrás de eufemismos, como chamar de “galanteio” a palavrinha cheia de veneno para a moça bonita que vem e que passa. Elas se ofendem — e, no império do politicamente correto, enxergam um jogo de dominação pelo sexo oposto.
Nem tudo é baixaria, e alguns gracejos acabam consagrados pelo noticiário. O caso mais recente foi protagonizado por Fred, o artilheiro do Fluminense e da seleção que, ao encontrar uma morena exuberante numa avenida de Belo Horizonte, caprichou na finalização:.."

"...Mas Elaine está acostumada a receber cantadas por onde passa. Só detesta ouvir a clássica “queria uma dessas lá em casa”, justamente por se sentir objeto.
— Por acaso eu sou eletrodoméstico pro cara me querer em casa? Sou geladeira? — indaga aos homens.
A cobiça masculina já causou problemas para a dançarina até com outras mulheres. Elaine conta que, certa vez, após ouvir uma gracinha de um malandro acompanhado, teve de se entender com a mulher dele..."

"... Esse homem que canta de forma agressiva é um frustrado que desconta na mulher por saber que é mais forte, que não vai haver reação e no findo sente-se incapaz de ser criativo e descontraído , sabe que não é nem um pouco romântico e nem quer ser, por que sua mente é puramente maliciosa e escrupulosa — sugere..
— É um amostramento de homem para homem — atesta Xico..."

"...Tem muito homem que fica aqui falando besteira para as mulheres que passam. Uma vez, teve um garoto que chamou de gostosa uma mulher que estava toda de amarelo. Ela respondeu: “Por acaso você me confundiu com uma banana?..."


Bom, isso prova que uma boa parte segue a famosa "modinha", muitas das mulheres mesmo sabendo o quanto é ridículo e presunçoso, prefere fingir que esta gostando para não ficar destacada ou 'de fora'.


Infelizmente muitas pensam assim, prova também que o Brasil é um país carente de cultura própria, certas personalidades femininas poderiam ser super interessantes, mas preferem se expor ao ridículo para não ficar fora da "modinha".

Isso é consequência do comportamento influenciado pelo lixo cultural que a mídia brasileira promove, sem generalizar é claro.


 

AS ESTAÇÕES DE TREM MAIS FAMOSAS E ANTIGAS DO BRASIL


O transporte ferroviário hoje no Brasil caiu em desuso, havendo lugares hoje que as usam justamente para um passeio casual para agrado de turistas. Além do valor turístico e histórico, as estações contribuem também para embelezar a arquitetura do lugar, pois entrar numa dessas é como passar por um portal histórico, onde há um pouquinho de todo aquele contexto de século 19. Veja a seguir as estações mais bonitas do país.

Estação Central do Brasil

Estação Central do Brasil
Estação Central do Brasil
Inaugurada em 1858 e localizada no centro do Rio de Janeiro, essa estação foi imortalizada ao ser palco do filme Central do Brasil, protagonizado por Fernanda Montenegro. Ela ainda funcionada, sendo o ponto de saída de diversas linhas, ligando o centro da cidade a bairros da Zona Oeste e Norte e também a outros municípios da Baixada Fluminense.

Estação da Luz

Estação da Luz
Estação da Luz
Localizada em São Paulo e inaugurada em 1901, ela foi por muito tempo a principal forma de acesso para a cidade de São Paulo. Ele teve sua facha restaurada para seu aniversário de 450 anos e com uma arquitetura respeitável, ainda funciona.

Estação Ferroviária de São João del-Rei

Estação Ferroviária de São João del-Rei
Estação Ferroviária de São João del-Rei
Inaugurada com a presença do Imperador D. Pedro II em 1881, ela marcou a história das estradas de ferro mineiras. A linha foi desativada na década de 1960, mas apesar disso, funciona até hoje como ponto de partida para o trajeto turístico de 12 km a bordo da Maria-fumaça, entre São João del-Rei e Tiradentes. Com registros e também peças do auge das estradas de ferro em nosso país, ela abriga o Museu Ferroviário atualmente.

Estação Ferroviária de Matilde

Estação Ferroviária de Matilde
Estação Ferroviária de Matilde
A Estação Ferroviária de Matilde, no Espírito Santo, foi construída em 1910 e fazia parte da Leopoldina Railway, que ligava Cachoeiro de Itapemirim à cidade de Vitória. Depois de muitos anos abandonada, a estação passou por uma reforma importante recentemente, que revitalizou seu charme.

Estação Ferroviária de Coronel Cardoso

Estação Ferroviária de Coronel Cardoso
Estação Ferroviária de Coronel Cardoso
Localizada em Valença, RJ, essa estação foi aberta em 1914, sendo uma das principiais do Vale do Café e fazendo parte do Ramal de Jacutinga. Apesar de ter sido transformada, a estação funciona até hoje.

Estação Anhumas, Campinas

Estação Anhumas
Estação Anhumas
Construída em 1926, ela é mantida pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária como um belo marco da arquitetura do inicio do século 20. Hoje ela tem apenas uma linha turística, já que deixou de ser usada comercialmente em 1977.

Estação Ferroviária de Bento Gonçalves

Estação Ferroviária de Bento Gonçalves
Estação Ferroviária de Bento Gonçalves
Ela foi inaugurada em 1919 e a partir de 1993 passou a funcionar apenas como ponto de saída de um passeio turístico a bordo de uma Maria-Fumaça tradicional que percorre as belas paisagens da Serra Gaúcha, um passeio de 23 km que conta com degustação de vinhos da região e apresentações musicais. Como o nome indica, ela está localizada em Bento Gonçalves, RS.

Estação de Paranapiacaba, SP

Estação de Paranapiacaba
Estação de Paranapiacaba
Ela foi aberta em 1867 e é uma das mais emblemáticas e conhecidas dos tempos gloriosos do transporte ferroviário no país. Seu sistema de trilhos complexo e sua arquitetura respeitável fizeram dela um importante ponto turístico do interior paulistano. Ela é última parada do Expresso Turístico que saí da Estação da Luz, que você viu acima, na capital paulista.

Estação Ferroviária de Paraíba do Sul

Estação Ferroviária de Paraíba do Sul
Estação Ferroviária de Paraíba do Sul
Paraíba do Sul é o município pioneiro da Serra Fluminense, que faz parte da microrregião de Três Rios, disseminadora de civilização no século 18. A estação ferroviária do lugar foi inaugurada em 1867, havendo a Linha do Centro e a Linha Auxiliar, que corriam lado a lado até Três Rios. Desativada há um bom tempo, há hoje um alinha turística ativada no lugar, com direito à locomotiva a vapor, que atrai os moradores de cidades fluminense, para o tradicional passeio no “tremzinho”, que percorre as belezas naturais da cidade e faz um mini tour histórico por ela. No prédio da estação foi inaugurado um museu ferroviário e ali bem perto é possível contar com um restaurante temático com uma excelente comida a um bom preço e uma promoção interessante: se você não beber ali o melhor suco de laranja de sua vida, você não precisa pagar por ele. Na cidade há também uma Faculdade Ferroviária nas antigas instalações do Colégio Sul-Fluminense, que oferece 20 cursos técnicos e cinco de graduação voltados para a área ferroviária.


Sistema de Trens do Subúrbio de Salvador

 

O Sistema de Trens do Subúrbio de Salvador é composto por uma linha única, que liga o bairro da Calçada, na Cidade Baixa ao Subúrbio da capital baiana. Composto por 10 estações, o sistema possui um trajeto de aproximadamente 13,5 km entre os terminais finais, localizados nos bairros da Calçada e Paripe.

A via férrea foi inaugurada em 28 de junho de 1860 pela empresa inglesa Bahia and San Francisco Railway Company (em português, Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco), mais tarde passou a compor a Viação Férrea Federal Leste Brasileiro (VFFLB), e depois fez parte da Superintendência Regional 7 (SR-7) da Rede Ferroviária Federal (RFFSA). A linha ia até o município de Simões Filho até 1972. Com a privatização da RFFSA, foi formada a Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA), que ganhou a concessão da SR-7, e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a qual passou a ser a operadora do sistema ferroviário urbano. O trecho de operação, entretanto, foi sendo reduzido paulatinamente e, desde o início da década de 1980, o último destino ao norte é Paripe. Em 1995, o Governo Federal lançou o Programa de Descentralização de Trens Metropolitanos, com o qual buscou transferir sistemas ferroviários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para os governos locais (municipais ou estaduais). Nesse sentido, a Prefeitura de Salvador criou a empresa estatal Companhia de Transportes de Salvador (CTS) em 2000 para administrar o Sistema de Trens Urbanos de Salvador (trechos Calçada-Paripe e Lapa-Pirajá). A transferência da CBTU para a CTS foi concluída em 2005

MAIS INFORMAÇÕES: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_Trens_do_Sub%C3%BArbio_de_Salvador

VEJA MAIS IMAGENS:

Resultado de imagem para estações do suburbio de salvador 
 Estação da Calçada – Inaugurada em 28/06/1860.


Estação de Lobato – Reformada em 2010 - inaugurada em 1938
 

 
Estação de Escada – Reformada em 13/06/2008. 
A estação de Escada foi inaugurada, provavelmente, em 1860
 

 
Estação de Coutos – Reformada em 2009.
A estação de Coutos foi inaugurada em 1942 
 
 
 
Estação de Paripe – Reformada em 29/03/2007.
A estação de Paripe foi inaugurada em 1860 com o nome de Olaria. O prédio atual foi construído muito depois, específico para os trens. Paripe era uma grande fazenda sendo na década de 1950 loteada e constituída em bairro, bem como várias estações do trecho, era zona de veraneio entre os anos de 1960 e 1970. 
 
 
Veja as histórias na íntegra, dessas e de outras estações do  Sistema de Trens do Subúrbio de Salvador: acesse o link abaixo: 
 
 

Finalmente, parece que "BARRACO de família" esta por um fio.

Surgiram rumores que o programa do SBT, esta para acabar em breve, porém são só rumores.



Parece que o programa vem caindo em audiência cada vez mais, despertando aos poucos o desinteresse do telespectador.
Veja um trecho de uma matéria publicada hoje no yahoo! TV :

Que as coisas andam meio esquisitas no SBT nem preciso comentar. Basta ver as constantes mudanças da programação da emissora. Ainda assim, o canal arranja espaço para novos experimentos. Na última terça-feira, o cantor Gabriel o Pensador esteve na emissora de Silvio Santos para gravar o piloto de um programa que mistura esportes e entretenimento. Dizem que ele foi bem no teste e que a atração agradou, mas se vai sair do papel é outra história, né? Ninguém sabe nem se ficará na grade.
É só olhar o "Casos de Família". O programa virou semanal (por apenas um dia), havia sido supostamente extinto( tudo bem, a produção da atração continuou no canal, o que já dava indícios de um retorno), voltou nesta semana à programação, porém ninguém sabe se ele ficará de vez na grade. "

Para quem tem um olhar mais crítico e analítico deve ter percebido que com o passar do tempo o programa veio tendo altas transformações no que diz respeito ao conteúdo.

Pra alguns quando era apresentado pela apresentadora Regina Volpato o programa era bem mais 
ético e moral do que agora com Regina Rocha, e até  
apresentava algo proveitável para o ambiente familiar.



Em contra parte, outros já discordavam, como consta 
neste post publicado em 2010 pelo blog, Coeficiente Nerd:


" Olha, sinceramente, eu não quero saber se o vizinho coloca o lixo na lixeira da sua casa, nem que o cunhado mija fora da privada, nem se a sua sogra fica no seu pé, nem se a filha revoltada não quer emagrecer por sua causa... então, não vejo a menor graça (e penso que a maioria de vocês também não), nesses programas ridículos (no meu ponto de vista, é claro). (Pronto, deixa eu me acalmar um pouco (respira, inspira, respira, inspira). Vamos logo pro próximo... " 
Esse tipo de conteúdo oferecido "gentilmente" pelas emissoras subliminalmente, tem o poder de colocar as pessoas umas contra as outras, aumentar o sentimento de ódio e desprezo, e influência no comportamento dos jovens.   Ao invés de oferecer soluções para o dia dia do cidadão, ferramentas no qual as pessoas se tornem mais capacitadas a resolver os problemas comuns do dia dia, sugestões inteligentes para a pessoa poder seguir passos inteligentes na vida. Mas não

 isso não seria interessante para um país manipulador corrupto como o Brasil

Mas uma coisa todos nós sabemos, as familias brasileiras estão cada vez mais desestruturadas, em função também desse lixo cultural apresentado pelas emissoras de TV e Rádio.   Também vamos e convenhamos, sabemos que existe muita hipocrisia nesse meio, tanto da parte do telespectador como também das emissoras, e talvez alguém até tenta fazer algo diferente, mais benéfico, que também talvez foi o caso de Regina Volpato, mas a ignorância da maioria, que na verdade não quer nada com nada mesmo, e adoram uma "boa baixaria" contribui para que esse lixo se propague nos lares familiares, e contribui com emissoras cujo o único interesse é audiência e lucro, óbvio.

Mas se realmente for o fim desse programa sem finalidade nenhuma,  ninguém perderá nada, a não ser um 'belo barraco'.

Haaa! o somos OQ somos esta sendo muito sistemático!
Bem, não exatamente!  Somos totalmente a favor ao lazer e o entretenimento, só não achamos que isso se enquadra dentro deste aspecto.
Não vamos confundir diversão e descontração com baixaria e mediocridade.
sejamos franco isso é para pessoas "baixas" e ignorantes. 


nota:Vamos acordar, o gueto em geral, classe média baixa ou alta,  e todos que são alvos desse tipo covardia que certas emissoras de TV proporciona nos lares familiares através da TV.A educação começa em casa sim, mas a cultura, postura, comportamento, e o futuro de seus filhos ou conhecidos estão comprometidos e influenciados por esse lixo cultural, abre olho, veja se realmente existe algo aproveitável em certos programas e novelas.Não é atoa que a maioria das famílias brasileiras vivem passando problemas familiares e tem que lidar com muito sofrimento com parentes e principalmente filhos problemáticos."Vivem se alimentando desse lixo cultural!"












Copa do Mundo de 2014, maior roubo na história do Brasil

O Brasil está prestes a vivenciar o maior roubo da história nesse país. Assalto ao Banco Central? Não! Copa do Mundo de 2014.

Rafael Moreira Neves
Deputado Federal Romário

Declaração de Romário em 2012

O ex-jogador e deputado federal Romário, um dos principais críticos à organização da Copa do Mundo de 2014, declarou temer que o campeonato se torne o "maior roubo da história do país", tudo por causa da má gestão dos políticos brasileiros envolvidos.
"Esta palhaçada vai piorar quando faltar um ano e meio para o mundial. O pior está por vir, porque o governo irá viabilizar as obras emergenciais, que não precisam de licitações. Por isso, estamos fadados a assistir ao maior roubo da história do Brasil", escreveu Romário em sua página no Facebook.
Para o ex-jogador, o governo engana o povo, e a presidente Dilma Rousseff "está sendo enganada ou se deixa enganar quando afirma que a Copa no Brasil será a melhor edição de todos os tempos".
Romário criticou a ausência de deputados na reunião entre o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e Dilma, na última sexta-feira, quando foi discutido o projeto da Lei Geral da Copa, que deve ser votado na Câmara Federal ainda esta semana.
Após a reunião, Blatter revelou que Dilma lhe deu amplas e plenas garantias de que o Brasil respeitará todos os compromissos assumidos com a Fifa, o que inclui a permissão de vender bebidas alcoólicas nos estádios, um dos pontos considerados mais polêmicos pelo Congresso.
Itaquerão

Com essa declaração do ex-jogador da seleção brasileira pairou uma dúvida no ar será que o Brasil está prestes a vivenciar o maior roubo da história nesse país?

Turismo
Concordo com quem diz que vai acelerar o turismo no Brasil. Para o setor hoteleiro e envolvido com turismo será um propulsor para os negócios. Mas se olharmos pela ótica do gasto do dinheiro público, como vão e quanto vão gastar, veremos a complexidade do meu parágrafo anterior. Além da falta de estrutura para esse evento.
Trânsito caótico
Em Belo Horizonte, por exemplo, onde o trânsito já anda caótico, imagina em dia de jogo de copa do mundo, melhor nem sair de casa.
"Atrasos propositais"
E como vão fazer essa atrocidade com o país? Através das licitações emergenciais. Hoje os jornais anunciam o atraso das obras para o evento. Isso deve ser até proposital para servir de desculpa para compra de serviços e produtos através de licitações emergenciais por dispensa e inexigibilidade.

Existem seis modalidades de licitação:

1 – Concorrência: é uma modalidade realizada com ampla divulgação para assegurar a participação de quaisquer interessados que preencham os requisitos previstos no edital. A escolha pode ser pelo menor preço, melhor técnica ou melhor preço e melhor técnica. É obrigatória para obras e serviços de engenharia com valores superiores a R$ 1.500.000,00 e compras e serviços superiores a R$ 650.000,00.
2 – Tomada de preços: é uma modalidade onde a escolha do fornecedor mediante a oferta de preços, baseado em um cadastro prévio dos interessados. São usados para obras e serviços de engenharia até R$ 1.500.000,00 e compras e serviços até R$ 650.000,00.
3 – Carta convite: é uma modalidade onde os interessados em participar de um ramo de atividade ou objeto, onde são convidados em um número mínimo de três participantes. Podem ser utilizados para obras e serviços de engenharia até R$ 150.000,00 e compras e serviços até R$ 80.000,00.
4 – Leilão: é uma modalidade onde é ofertado um bem público, onde inicia-se no lance mínimo e havendo interessados no mesmo objeto inicia-se uma disputa pelo maior lance.
5 – Concurso: é uma modalidade onde é feito um processo seletivo para permitir acesso geralmente a algum cargo público.
6 – Pregão: é uma modalidade em que disputa por bens e serviços públicos é feita em sessão pública, onde os participantes, após habilitados, apresentam os lances, menores preços. Não pode ser usado para obras de engenharia, alienações e locações imobiliárias.

Os órgãos públicos são obrigados a fazer licitação, mas para toda regra tem exceção, pois na lei 866693 diz que a licitação pode ser dispensada com justificativa suficiente para que não seja necessária a licitação, tais como:

- compras com um valor de até R$ 8.000,00 (R$ 15.000,00 para serviços e obras de engenharia); - em caso de guerra; - em caso de emergência ou calamidade pública; - contratação de empresa para desenvolvimento institucional dos órgãos; - restauração de obras de arte e objetos históricos; - contratação de associações sem fins lucrativos.
É nessa exceção que mora o perigo, já anunciado por tantos estudiosos no assunto, como obras e serviços a serem realizados em caso de emergência, que é o vai acontecer por causa do atraso, são dispensadas de licitação, a chance de ocorrerem os superfaturamentos e a contração de empresas que não concluirão os serviços é enorme e quase certa.
Cabe ao ministério público e a sociedade civil denunciar esses abusos e tentar evitar o maior roubo dos cofres públicos no Brasil.
Rafael Moreira Neves é de Ribeirão das Neves, Minas Gerais, Brazil Tecnólogo em Informática pelo Centro Universitário Newton Paiva (MG), Pós Graduação em Gestão Microrregional em Saúde pelo Senac (MG) e em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público pela Faculdade Integrada Grande Fortaleza (FGF). Poeta, escritor e integrante da Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes (ANELCA) ocupando a cadeira de n.º 47.


Por que as versões alternativas da chacina da família de PMs não se sustentam.

As teorias conspiratórias em torno do caso são fruto da nossa necessidade de explicar o extraordinário.
pm chacina
A família Pesseghini
As pessoas que estão colocando em dúvida a versão oficial de que não teria sido o garoto Marcelo o autor dos disparos que mataram seus pais, Luís Marcelo Pesseghini e Andréia Regina Bovo Pesseghini, e mais dois parentes, têm divulgado versões ainda mais lacunosas, típicas de teorias conspiratórias.
Em matéria de crime, estamos sempre esperando a hipótese ordinária e fechamos os olhos para o extraordinário. No âmbito do processo penal, isso pode levar a erros graves, simplesmente porque não se cogita uma situação extravagante.
Após tantos casos recentes de homicídios contra policiais executados pelo PCC, se uma família de PMs é dizimada em sua casa, é natural que todos imaginem o ordinário, que as vítimas foram mortas a mando da facção criminosa. Quando as investigações indicam que provavelmente tenha sido uma criança de 13 anos, que matou sua família e suicidou-se, nossas expectativas são frustradas. Talvez fantasiemos um fato como esse e apenas esperamos que as investigações confirmem essas fantasias.
As críticas feitas à versão oficial não são insuperáveis. As objeções sobre a capacidade para atirar e dirigir foram superadas pelos depoimentos de que o garoto atirava com o pai e diariamente retirava o veículo da garagem, pois já sabia dirigir.
Os comentários de familiares de que o garoto seria incapaz de cometer essa atrocidade é mais do que óbvio, pois jamais se suspeita de algo assim, sobretudo se a pessoa suspeita é amada. É estarrecedor, mas uma criança de 13 anos é capaz de um ato tresloucado desses, de matar seus pais e cometer suicídio.
Além disso, quais seriam as outras hipóteses? Inicialmente, falou-se em agentes do PCC. No entanto, sabemos todos que os membros da facção são toscos, normalmente matam com muitos tiros, de modo mais violento que estratégico. Basta lembrar das execuções cometidas em 2006 e no ano passado, todas truculentas e nas ruas. Nunca houve um crime com essas características.
Cogita-se também que poderia ser um membro da própria polícia, insatisfeito com um dos colegas. Mas, convenhamos, também não se conhece que a polícia militar tenha treinamento para esse tipo de execução. Que existe na polícia militar gente capaz de matar é indiscutível e tenho criticado muito isso em vários artigos. Contudo, tais execuções são feitas também com truculência, simulando troca de tiros, e não há registros de casos semelhantes no Brasil.
A versão de que a mulher teria denunciado policiais não ficou claro. A primeira versão do Cel. Wagner Dimas foi muito vaga, pois não teria propriamente delatado, mas no “contexto que nós estávamos levantando, ela confirmou alguns detalhes”. Ou seja, ele não afirmou precisamente que ela tivesse delatado. Depois, a PM divulgou nota afirmando que não há qualquer procedimento na Corregedoria que tenha Andréia Pesseghini como testemunha.
Afirma-se que há lacunas na versão oficial. No entanto, como seria possível que alguém entrasse na casa sem arrombar, sem deixar vestígios, não fosse ouvido por ninguém, pegasse a arma da mulher, e desse um tiro em cada vítima? E como o menino teria ido à escola depois da morte do casal e regressado para ser morto? Alguém teria esperado o garoto? Ele sabia da morte?
De qualquer modo, o que parece certo é que, se não foi o menino, foi alguém com acesso à residência. Claro que pode haver uma reviravolta no caso. Mas até o presente momento, todas as versões alternativas tem o figurino de teorias conspiratórias e possuem muito mais perguntas que a versão oficial.

24ª PASSEATA RAUL SEIXAS/SP 21 de agosto de 2013

Concentração a partir das 12 h em frente do Teatro Municipal de São Paulo; saída da passeata em direção à Praça da Sé, às 18 horas.




Por Cibele Simões Ferreira Kerr Jorge

Gostar de Raul Seixas é uma experiência surpreendente, tanto no contato com sua obra como com o público
Sua genialidade, expressa em questionamentos perspicazes e boas doses de humor, confere um ar de novidade a cada observação. Recentemente, me surpreendi com sua entonação vocal em Faça Fuce Force, e ao encontrar Asa Branca em inglês em meus arquivos. Há poucos dias, fui pega de surpresa pelo realismo dos depoimentos do documentário biográfico O Início, o Fim e o Meio, do diretor Walter Carvalho, exibido na 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O relato de sua vida sob o olhar de seus amigos e parentes suscitou um impacto emocional na plateia, estampado no semblante da maioria dos presentes.
As alegrias e tristezas rememoradas pelos entrevistados eram apenas em parte conhecidas do público, constituindo-se também de impressões particulares inéditas ao espectador, levando-o, portanto, a vivenciar essa trajetória, cujos fragmentos desconhecidos haviam sido, por muitos anos, completados por sua lógica imaginária. Suas falas me levavam a buscar mentalmente os trechos referentes às situações narradas escritos por Raul em suas anotações particulares e posteriormente publicados em livros, que nos últimos meses eu vivia relendo por conta da minha pesquisa. Unir tantos pontos de vista ao dele próprio me permitiu montar um mosaico imaginário, no qual muitas vidas influíram umas nas outras de maneira marcante.
Nos últimos dez anos, ao acompanhar as passeatas em sua homenagem, realizadas há 22 anos na capital paulista, me surpreende a espontaneidade e o vigor apaixonado dos fãs duas décadas depois de sua partida. Um ritual formou-se em torno do dia de seu falecimento, ocorrido em 21 de agosto de 1989 na cidade de São Paulo. A cerimônia de adeus no Anhembi foi conhecidamente apaixonada e conturbada pelo grande afluxo de pessoas. A passeata anual em tributo, ocorrida nessa data, dá-se não apenas como uma homenagem à sua obra, mas como uma extensão desse dia.
Mais de duas mil pessoas comparecem ao evento, independentemente das condições climáticas, reunindo-se a partir das 12 horas em frente ao Teatro Municipal, onde permanecem cantando em confraternização, com suas roupas customizadas com estampas do artista, tatuagens e bijuterias da chave da Sociedade Alternativa. Entre os adeptos, há um grande número de jovens misturados aos antigos fãs. Algumas famílias levam crianças, e diversos homens exibem uma aparência idêntica à do artista, atendendo por seu apelido “Raulzito”.
Por volta das 18 horas, saem em passeata cantando, enquanto se dirigem para a frente da Catedral da Sé, tomando toda a praça. Tradicionalmente penduram a bandeira da Sociedade Alternativa sobre a porta da igreja, enroscando-a nas estátuas dos santos que compõem a fachada, conferindo um aspecto visual sacroprofano à cena, talvez sem o perceber. Em 2005 um show foi oferecido durante a tarde, por um carro de som localizado atrás da Galeria do Rock; em outro ano não havia carro algum, e, nos três últimos, um carro-motocicleta, com um de seus cantores cover, sai em passeata e permanece em frente à igreja. A multidão segue cantando em coros formados ao acaso por diversos agrupamentos, e a entonação vocal vai subindo ao ritmo do consumo de bebidas.
O acaso e a espontaneidade são traços marcantes deste evento, aberto a quaisquer transeuntes. O comportamento dos fãs não apresenta rejeição ao passante mais desavisado do centro de São Paulo, todos são acolhidos ao grande movimento raulseixista, seguindo a intenção de seu homenageado: “Não adianta dizer as coisas para grupos pequenos, fechados. Minha música entra em todas as estruturas.” (SEIXAS, Kika, 1996, p. 59). A cantoria chama a atenção dos transeuntes, que se detêm por alguns instantes e, tomados pela curiosidade, perguntam o que está havendo.
A passeata transcende seu caráter de tributo e passa a ser a vivência concreta da Sociedade Alternativa, em que cada indivíduo é livre para agir como quiser, sob a única ressalva de não subjugar o outro. Ela não se dá apenas como um dia anual de imersão neste movimento, mas como seu tradicional dia festivo.
Outro traço marcante desse encontro é a ausência de respaldo comercial e midiático. Notadamente pouco divulgado pelos meios de comunicação e esquecido pelo aparato mercadológico, o tributo realizado por uma movimentação outsider tem uma atmosfera hippie, se dá como ato do povo, que toma as praças e ali permanece cantando e dançando em memória do artista. Um ritual mítico realizado em ciclos anuais, com alguns elementos tradicionais.
Um caldeirão levado por uma família figura com presença cativa em todos os eventos, e as muitas garrafas de vinho que o proveem não cessam de enchê-lo, porque ele passa a todos os interessados. Algumas chaves são confeccionadas artesanalmente em madeira e levantadas por mãos apaixonadas durante as canções; chamou-me a atenção um jovem que a transformou num violão imaginário enquanto dançava.
Alguns fatos dignos de nota ocorreram ao longo destes anos. Em meio ao movimento de 2009, encontrei uma colega frequentadora com um bebê, que me disse que o havia concebido após participar da passeata anterior, e que seu filho levava o nome do artista.
Há alguns anos, uma senhorita vestida “à la” anos cinquenta, com saltos altos e ar de reprovação, parou por alguns instantes e me perguntou o motivo da movimentação; ao responder-lhe que se tratava de um tributo, ela perguntou de que ele havia morrido, ao que lhe expliquei ter sido de uma parada cardíaca por já estar doente. Ela empinou o nariz, fez um bico em sinal de descrédito e, me fitando de cima a baixo, rodou os saltinhos e saiu pisando forte.
Em 2009, um dos “Raulzitos” distribuía folhetos impressos com sua própria foto, sobre o Viaduto do Chá, nos quais propagandeava a si mesmo como um homem à procura de um bom relacionamento, protestando que só “levava bota” das mulheres. No mesmo ano, um boneco inflável gigante do cantor figurava na Praça da Sé, e, em 2011, um boneco artesanal o representou.
Ainda em 2009, os moradores de rua do centro da cidade juntaram-se à massa cantando Raul, em número maior do que o habitual, por conta do fato de estarem sendo vítimas de violência. Se, desde o início de sua carreira, Raul havia se tornado um porta-voz do povo ao relatar seu cotidiano e as opressões sociais, em sua ausência, sua voz foi dotada de uma força mítica, sendo utilizada pelos fãs como grito de protesto, em passeatas e greves, pelos mais diversos motivos.
Seus fãs o têm como o grande amigo do povo, empatia que transcende qualquer direcionamento político, religioso ou futebolístico. Entre eles, muitos estudam sua história de maneira informal, viajam aos lugares que ele frequentou, ou colecionam imagens raras. Alguns, ainda, escrevem sobre ele, o desenham, ou são cantorescover; outros são camelôs que confeccionam bijuterias e camisetas. Longe das interpretações da mídia, eles se dispõem a esclarecer a longa série de lendas que correm a seu respeito.
Todos os anos observa-se grande afluxo de novos adeptos; jovens que não o conheceram juntam-se à massa tão apaixonados quanto os velhos fãs de frequência cativa.
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O Baú do Raul organizado por sua ex-esposa Kika Seixas em 2004, realizado tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, contou com a apresentação de diversos nomes da música, como Nasi, Pitty e seu último parceiro, Marcelo Nova.
Outro evento de grande impacto foi o palco Toca Raul, montado na Virada Cultural paulista em 2009, na Estação da Luz, no qual diversos amigos e cantores prestaram-lhe uma extensa homenagem de 24 horas de duração, interpretando todos os seus álbuns. O presidente de seu fã-clube oficial, Sylvio Passos; sua primeira banda, Os Panteras; seu ex-parceiro musical Edy Star e Tico Santa Cruz estavam entre os participantes. A homenagem, que relembrava as duas décadas de sua partida, foi batizada com a conhecida frase, gritada por fãs em qualquer show brasileiro: “Toca Raul!”. No Rock in Rio de 2011, a banda Detonautas cantou Metamorfose Ambulante.
Entre seus admiradores, enquanto alguns o têm como um visionário, os mais místicos conferem a ele um tom profético. Na cidade mineira de São Thomé das Letras, reduto de visitantes da cultura alternativa, ele goza destatus de artista predileto, dividindo, em certa medida, o posto com seu amigo Zé Ramalho, que regravou muitas de suas canções, e com o cantor hippie Ventania.
Servindo-se do aparato tecnológico midiático de seu tempo, Raul desenvolveu uma obra culturalmente rica em bases místicas e filosóficas, cujo poder de comunicação, em linguagem simples, foi uma característica marcante. Hoje, em tempos de apelo comercial e avançada tecnologia eletrônica, uma parcela jovem se volta para ele em busca de traços culturais substanciais, redes sociais se formam para discuti-lo, e a internet abriga muitas de suas produções, disponibilizadas por amigos e fãs empenhados em socializar sua obra.
Comparado aos fenômenos de mídia observados na atualidade, o fato de o movimento raulseixista estar vivo, e ganhando força anualmente, é algo surpreendente diante da esparsa divulgação na imprensa oficial e das duas décadas de sua partida. Seu caráter extraoficial e alternativo é o que o faz explodir como um grito de liberdade em meio ao fluxo urbano da cidade. Sua aura libertária possibilita que todos se sintam à vontade para participar livremente. Levar a voz de Raulzito entre praças e prédios da cidade, cortando a rotina do sistema social, tem não só o ar de transgressão da ordem, tão arraigado em seu trabalho, como é uma tarefa de honra para os que, apaixonados, o trazem à tona.
Nas ruas de pedra da cidade de São Thomé, a sensação é outra, mais tranquila, pela natureza da paisagem, e impregnada pela aura mística e energética do local. À noite, pode-se ouvir sua música ecoando por entre as ruas rochosas, mais de mil e quatrocentos metros de altura, envolvido pela estrelada abóbada celeste, e deixar-se levar até um grupo que a está entoando sob a luz do luar. Isso confere uma atmosfera mágica à menos planejada das andanças.
Seus versos ganham vida diariamente, ao som das cordas de violão de qualquer jovem sentado no Cruzeiro, à hora do pôr do sol, enquanto turistas e moradores locais se reúnem para aplaudir a natureza. Diferente do eco urbano da metrópole, no reduto mineiro sua voz traz um tom menos próximo da rebeldia rocker, tomando a direção do que ficou popularmente entendido com a expressão “maluco beleza”. Embora a canção seja originalmente uma homenagem para os grandes iluminados espirituais como Jesus e Mahatma Gandhi, acabou por rotular o próprio artista e quaisquer adeptos de uma contracultura não datada. A Sociedade Alternativa ideológica vivenciada ali é indissociável da estonteante beleza da paisagem.
Em bares e peças de teatro, o ajuntamento raulseixista toma um aspecto mais rock’n'roll, mais próximo dounderground. A Peça Raul Seixas Há Dez Mil Anos na Frente, da diretora Maria Tornatore, apresentada no SESC de Santos pelo grupo Arte no Dique contou com uma montagem belíssima. Teve a família de músicos Simonian realizando a trilha sonora, um jovem cantor do projeto cantando, e as crianças e adolescentes do mesmo tocando os tambores e realizando a percussão, sob a direção musical de José Simonian e Ubiratan Santos.
Raul fora escolhido como tema para o aniversário de três anos de formação do grupo, constituído pelos moradores da zona noroeste de Santos, área de mangue da cidade, cujo trabalho tem a função de gerar oportunidades a essa parcela economicamente pouco favorecida da população.

Seu modo de se colocar contra a ordem estabelecida com bom humor torna aprazível relembrar muitos de seus feitos. Recentemente, pude apreciar um vídeo na internet no qual ele se pôs entre os transeuntes da Rua Sete, em Vitória do Espírito Santo, passando um chapéu, alegando estar imitando Raul Seixas, no ano de 1977. Fato esse não menos admirável do que ter saído às ruas do centro do Rio de Janeiro com seu violão, cantando Ouro de Tolo em meio ao povo, em 1973.
Depois de ser pega pela alegria melódica de O carimbador Maluco, tendo ganhado a fita em meu aniversário de quatro anos, esta foi minha música predileta por um longo período. Lembro de ter gostado de vê-lo cantando no videoclipe de Cowboy Fora da Lei tanto quanto havia apreciado vê-lo voando, anos antes, em O Carimbador Maluco.
Quando criança, eu que gostava de ouvir as histórias sobre sua carreira narradas por minha prima Luciana. Recordo-me do ponto decisivo para começar a estudá-lo, que ocorreu no dia do meu aniversário de treze anos: estando no local da festa com o aparelho de som, mas sem nenhum disco e há meses sedenta por ouvir Raul, liguei para ela perguntando se poderia levar sua maravilhosa coleção de vinis, ao que ela respondeu: “Claro”. Naquela noite só tocou Raul. Na mesma semana, saí atrás de livros sobre ele e comecei imediatamente a lê-los. Passando a procurar por seus discos naquele momento em que o CD era novidade, demorei anos para montar uma coleção, contando com a raridade de Sessão das Dez — gravada em fita caseira, que um colega encomendou ao pai, que trabalhava num navio, para me trazer de um estado distante —, do lançamento de Se o Rádio não Toca, e de outros dos quais esperei longamente pelo lançamento das gravadoras. Procurei Novo Aeon, do litoral até quase a divisa com o Mato Grosso do Sul, levando anos para adquiri-lo. E arrematei A Pedra do Gênesis em 2005, na Galeria do Rock, pela quantia que tinha no bolso, quatro reais a menos de seu preço, alegando ser fã ao benevolente dono da loja, que assim como eu também o era.
Contam mais de seis anos que eu estava na sala de espera de um médico acompanhando uma paciente, lendo um livro escrito por seus fãs, e um senhor que também aguardava ser chamado me disse quando me levantei: “Ele era assim mesmo”. Perguntei-lhe se ele o havia conhecido, e ele me respondeu: “Eu o conheci ainda moleque, o pai dele era engenheiro da estrada de ferro na Bahia e eu estive lá trabalhando com ele, e Raul o acompanhava, criança, espontâneo, era assim mesmo, não mudou nada”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PASSOS, Sylvio (Org.). Raul Seixas Por Ele Mesmo. Textos de autoria de Raul Seixas organizados postumamente. São Paulo: Martin Claret, 1993.
SEIXAS, Kika. Raul Rock Seixas. São Paulo: Globo, 1996.
Sobre a autora: Cibele Simões Ferreira Kerr Jorge é doutoranda em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), membro do grupo de pesquisa Comunicação e Cultura: Barroco e Mestiçagem e mestra em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

créditos: gostonomia.com.br
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